Este conteúdo foi produzido por Deborah Coutinho Pereira e Isvilaine da Silva Conceição
Em nossa sociedade, é cada vez mais perceptível que a responsabilidade social, econômica e ambiental não é dever apenas um setor da nossa economia, mas sim de todos. Para gerar mudanças expressivas e impactos concretos no nosso país, são muito importantes as conexões intersetoriais, ou seja, a relação do governo com o mundo empresarial e também com as ONGs.
Como já abordamos em textos anteriores, a tendência ESG (ambiental, social e governança) nas empresas têm contribuído para a sua aproximação com o lado social devido ao grande destaque que o assunto tem tido no mercado. O que pouco se fala é que as organizações da sociedade civil são uma ponte certeira para as empresas que querem aumentar o seu alcance e visibilidade no âmbito social.
A seguir, destacamos 5 benefícios da aproximação do segundo e terceiro setores, sob o ponto de vista das empresas
1. Experiência com impacto social
As ONGs, desde seu princípio, têm o objetivo de gerar impacto no mundo sem pensar em geração de lucros. Essa forma de trabalho faz com que a empresa enxergue novas realidades e aumente sua percepção sobre como suas escolhas podem impactar a vida de muitas pessoas.
2. Agregação de valor à marca
Ao investirem em causas sociais, as empresas ganham a confiança do consumidor e melhoram sua reputação. Gerando mais empatia e representatividade para a sociedade, principalmente para a nova geração, que está bem conectada ao bem-estar coletivo. Atualmente, com a grande concorrência de mercado, apenas um bom produto/serviço não faz a diferença. Quando a empresa possui diferenciais, o cliente acaba optando por ela.
3. Avanço nas métricas ESG e contribuição com a Agenda 2030
Os fatores ESG são classificados dentro dos aspectos ambientais (conservação do mundo natural), sociais (pessoas) ou de governança (padrões de administração) que se encaixam nas metas da Agenda 2030. Essa mesma agenda foi abraçada pelas ONGs desde seu princípio, e o terceiro setor é fundamental para que os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas possam ser atingidos no Brasil.
4. Incentivos fiscais
Os incentivos fiscais para empresas que investem em ONGs são boas vantagens que estimulam essa doação. Quando uma empresa doa para uma causa social, ela pode ter uma parte do Imposto de Renda deduzido. Ou seja, em vez de o dinheiro ir diretamente para o governo, uma parte é direcionada para as instituições sociais. Com isso, vários projetos dessas instituições podem ser desenvolvidos e aperfeiçoados.
5. Engajamento de colaboradores
Programas de voluntariado corporativo são uma grande oportunidade de as empresas estarem mais próximas de organizações e de aproveitarem a expertise de seus funcionários para apoiar essas ONGs. Dessa forma, é possível intervir positivamente na comunidade e gerar maior identificação e desenvolvimento de competências e habilidades entre seus colaboradores.
Citamos aqui apenas cinco exemplos, mas há vários outros benefícios entre a aproximação entre empresas e ONGs. Além do ganho para as empresas, as ONGs passam a ter ainda mais confiabilidade do público e maior alcance de sua causa. Sendo assim, esta conexão é uma via de mão dupla entre os dois setores. Fomentar essas relações é positivo para todos, mas principalmente para o território que será impactado por meio dessa parceria.
Feito por nós mesmos 😉