Como uma empresa pode melhorar a comunicação de uma ONG: conheça o voluntariado da Agência Digi

Ana Beatriz Pintar | Rodrigo Pimenta | Flávia D’Angelo | Sabrina Vida • 13 de setembro de 2021

Sim, é possível usar a comunicação para o impacto social! Quer saber como?

Neste artigo, apresentamos como a experiência de voluntariado corporativo da Agência Digi contribuiu positivamente para a melhoria da comunicação da ONG Casa Restaura-me com os seus beneficiários, facilitando o dia a dia do atendimento de pessoas em situação de rua na cidade de São Paulo.

Em parceria com a Phomenta, a Agência Digi realizou sua Maratona Social, uma ação de voluntariado corporativo totalmente online, que teve o objetivo de apoiar uma organização social no enfrentamento de um desafio de comunicação. 


Com um vasto portfólio em comunicação para grandes marcas, como
Mitsubishi, Del Valle e Royal Canin, com muitas premiações e com uma excelente expertise no assunto, a Agência Digi aceitou enfrentar o desafio de melhorar a comunicação com um público diferente daqueles com o qual seus colaboradores estavam acostumados: pessoas em situação de rua na cidade de São Paulo.


O desafio eleito pela Agência Digi foi proposto pela Casa Restaura-me (iniciativa da Aliança de Misericórdia), uma importante referência no apoio, atendimento e convivência de pessoas em situação de rua. A organização atualmente atende cerca de 500 pessoas por dia, a quem oferece alimentação, higiene pessoal, cursos profissionalizantes, grupos socioeducativos, entre outras atividades. 


A Casa Restaura-me compartilhou com a equipe de voluntários sua necessidade de melhorar a comunicação com seu público beneficiário. Os gestores da organização gostariam de oferecer às pessoas que já frequentam a Casa mais informações e orientações sobre os projetos da ONG, como o Programa Águia, que ensina educação financeira às pessoas em situação de rua, mas que é pouco divulgado e conhecido pelos beneficiários. Entre as dificuldades existentes, os representantes da Casa Restaura-me apontavam a falta de equipe especializada para pensar e executar ações de comunicação. 


O trabalho em equipe entre a ONG e os voluntários da Digi foi conduzido pela Phomenta, que utiliza uma trilha metodológica própria baseada no
Design Thinking. Os voluntários entraram em contato com o desafio da Casa Restaura-me por meio de um processo imersivo, geraram um grande número de ideais em um curto período de tempo, selecionaram algumas soluções para construírem protótipos e, por fim, colocaram em prática essas soluções. 


A Maratona Social permitiu que os voluntários da Digi utilizassem sua
expertise profissional para melhorar o impacto social da organização. Os colaboradores tiveram a chance de praticar ferramentas ágeis e de desenvolver habilidades ao longo do projeto, que exigiu negociação, trabalho em uma equipe multidisciplinar, escuta ativa e muita empatia.


Como um processo orgânico que levou em consideração as particularidades de cada um da equipe, a complexidade do desafio proposto e o desejo comum de implementar soluções verdadeiramente eficazes, a Maratona foi adaptada para que a equipe de voluntários entregasse as melhores soluções possíveis. Após oito semanas de trabalho, o time desenvolveu uma nova identidade visual para a Casa Restaura-me, criou informativos personalizados sobre o funcionamento e atividades da Casa para a equipe de colaboradores da ONG e implementou uma rádio interna para compartilhar notícias e informações com os beneficiários, incluindo a instalação de caixas de som em todos os ambientes, contratação de sistema, seleção de músicas e locuções personalizadas. 

Vanessa dos Santos, coordenadora da Casa Restaura-me, compartilhou que participar desta parceria da Agência Digi e Phomenta foi uma experiência fantástica: “para nós, foi muito legal essa construção. A rádio é um grande ganho, já que por meio dela a comunicação chega até os beneficiários de uma maneira bem clara. A rádio não tem só música, mas também divulga os grupos socioeducativos, as oficinas, os programas etc. No trabalho com as pessoas em situação de rua, há vários desafios e, às vezes, estamos tão dentro desses desafios que não conseguimos encontrar soluções para eles. Essa parceria apareceu na hora certa, porque a gente precisava melhorar a nossa comunicação para que chegasse até os beneficiários a informação correta, de forma que eles conseguissem entender o que a gente queria passar”.


Bárbara Ogoshi, Diretora de Gente e Gestão da Agência Digi, voluntária e responsável pelo acompanhamento da ação, comenta como foi o envolvimento dos voluntários ao longo do programa: “tomamos para nós
aquela causa, pois compreendemos que era nossa responsabilidade fazer aquilo acontecer e que tínhamos um compromisso com a ONG”. Além dos sete voluntários ー que, neste caso, eram os diretores da empresa ー envolvidos diretamente na ação, a Digi também engajou outros colaboradores da Agência e parceiros externos na execução das soluções e verificou um comprometimento surpreendente. “O engajamento partiu do momento em que contamos para eles que estávamos em um processo de auxílio a essa ONG e que mostramos o que já tínhamos desenhado até o momento”, conta Bárbara


Segundo Bárbara, a Maratona Social atingiu todas as suas expectativas. Além do conhecimento e soluções proporcionados à Casa Restaura-me, a Agência Digi também ganhou na melhoria da integração entre os voluntários participantes do programa. 


Quer saber mais sobre voluntariado corporativo ou sobre a Phomenta? Fale com a gente!
https://www.phomenta.com.br/para-empresas


Publicações recentes

Por Instituto Phomenta 10 de dezembro de 2024
No dia 3 de dezembro, a Phomenta realizou um encontro que reuniu mais de 600 inscritos de diversas regiões do Brasil para debater os caminhos do impacto social. O webinar Futuro em Foco: Tendências de 2025 para o Terceiro Setor foi pensado como um espaço de troca, onde integrantes da Phomenta e espectadores discutiram questões urgentes para as organizações da sociedade civil. Mediado por Rodrigo Cavalcante, Aline Santos e Agnes Santos, o evento trouxe à tona tendências que já estão moldando o setor, a partir de temas sugeridos por quem está na linha de frente do impacto social. Além de um panorama geral sobre desafios e oportunidades, foram abordadas questões como mudanças climáticas, envelhecimento populacional e o uso da inteligência artificial, sempre destacando como esses tópicos impactam diretamente a atuação das ONGs. “Nós podemos construir mundos melhores do que este em que estamos”: como se preparar para as mudanças climáticas Os pensamentos de Ailton Krenak guiaram a conversa sobre mudanças climáticas, uma das principais tendências apontadas para 2025. Estamos testemunhando o impacto crescente de eventos extremos e precisamos planejar ações para “adiar o fim do mundo” ou, ao menos, garantir a sustentabilidade das organizações. “Nós falamos muito aqui na Phomenta sobre não dar para prever todos os problemas; a pandemia ninguém previu, por exemplo. As mudanças climáticas até previmos, mas não nessa proporção que está acontecendo. Então é preciso que a gente pense em como seremos mais resilientes, em como a gente lida com os impactos que o planeta vai passar”, comentou Agnes Santos, gerente de metodologia. “Precisaremos mudar nossas estratégias de atuação, não tem jeito. Por exemplo, se a sua organização não trabalha com refugiados climáticos, talvez no futuro precise começar a trabalhar com esse público.” Durante a discussão, foram levantados pontos como a necessidade de repensar práticas organizacionais para responder a cenários de crise, o papel das ONGs na disseminação de informações confiáveis e no engajamento das comunidades, e estratégias para fortalecer redes e parcerias intersetoriais. Envelhecimento populacional e a economia prateada O envelhecimento populacional no Brasil foi outro tema amplamente debatido. Puxado por Aline Santos, o tópico apresentou como esse fenômeno impacta diferentes áreas, desde a saúde até a economia. Com a expectativa de que o país esteja entre os mais envelhecidos do mundo até 2030, surgiram debates sobre inclusão, acessibilidade e a valorização do público 60+. Houve também preocupações sobre o impacto do envelhecimento na dinâmica familiar e nos serviços sociais, além de destacar a necessidade de combater o etarismo e criar projetos que promovam qualidade de vida e integração entre diferentes gerações. “A ideia central dessa tendência é que o futuro é intergeracional. Olhe para como você está construindo a sua equipe, olhe como está desenvolvendo estratégias de comunicação, como está criando estratégias de mobilização, seja de voluntários, doadores ou da população atendida. Conecte as gerações”, reforçou Aline Santos, gerente de operações. Inteligência artificial como ferramenta para o impacto social A inteligência artificial, já discutida no webinar de 2024, permaneceu como um dos temas mais requisitados pelos inscritos. As ONGs queriam saber como usar essa tecnologia para otimizar processos e ampliar o impacto. Foram apresentados exemplos como o uso de chatbots para atendimento, ferramentas de análise de dados para planejamento e estratégias para alcançar novos públicos. Contudo, foi reforçada a importância de garantir que sua aplicação seja ética e acessível, especialmente em contextos sociais mais vulneráveis. Rodrigo Cavalcante, diretor executivo da Phomenta, destacou o papel dos agentes de IA, programas que interagem com o ambiente, coletam e usam dados para realizar tarefas. “Pra mim, esse é um grande ponto que vamos olhar em 2025: a criação desses robôs para operar e fazer coisas pra gente. Pode ser um robô do WhatsApp, um robô que se comunica com doadores ou com os atendidos da organização”, explicou. Confira o webinar na íntegra
Por Instituto Phomenta 9 de dezembro de 2024
A transformação social acontece quando unimos forças e colocamos propósitos em ação. Foi sobre isso que nosso diretor executivo, Rodrigo Cavalcante , abordou durante o podcast Impacto ESG. No encontro, foram compartilhadas histórias, reflexões, desafios e as conquistas de conectar o mundo corporativo ao terceiro setor. Quer saber mais? Confira completo aqui:
Por Instituto Phomenta 22 de novembro de 2024
A rede fortalece organizações em diversas regiões do Brasil, promovendo capacitação e conexão entre lideranças que lutam por justiça social e valorização cultural, para populações negras e indígenas.
Ver mais publicações

Fale com a Phomenta

Share by: