(São Paulo, agosto de 2021) A princípio, podemos não perceber de que maneira as atividades de responsabilidade social e voluntariado corporativo se relacionam com a estratégia das empresas, mas os temas têm mais conexões do que imaginamos. É o que conversamos no workshop que aconteceu na última quinta-feira, 26 de agosto, com o time da Phomenta e com nossas convidadas ー Regiane Polizer Soccol, líder LATAM do setor de impacto da Johnson & Johnson; Renata Manso Carmello, gerente de marketing e eventos do Alfa; e Bárbara Ogoshi, diretora de gente e gestão na Agência Digi.
Vontade de “fazer o bem” ou apoiar projetos e iniciativas é o que não falta, mas para que os projetos de voluntariado corporativo aconteçam é necessário estruturá-los ー foi o que a Renata comentou. No Alfa, muitas iniciativas de impacto social pontuais já eram realizadas, como o Natal Solidário, mas foi recentemente que um pilar de ESG* foi estruturado e implantado. Ela compartilhou que é impressionante notar a vontade dos colaboradores de participar quando as iniciativas são propostas.
Regiane compartilhou que a responsabilidade social está no coração dos valores da Johnson & Johnson. Por isso, oferecer oportunidades para os colaboradores colocarem esses valores em prática é prioridade na área de impacto da empresa. As iniciativas vão desde a Maratona de Aceleração Social, realizada há 4 anos em parceria com a Phomenta em 7 países da América Latina, até o Global Pro Bono, um programa que oferece a possibilidade de o colaborador atuar como consultor de uma organização social de outro país durante alguns meses. Há projetos pensados para os diversos níveis de carreira e necessidades dos colaboradores, que constituem um portfólio robusto e bem estruturado de iniciativas de voluntariado.
O voluntariado corporativo, além de estar alinhado com os objetivos de responsabilidade social da empresa, também promove o desenvolvimento do colaborador, que trabalha habilidades importantes durante a experiência. Empatia, trabalho em equipe e comunicação assertiva são apenas algumas das chamadas “soft skills” abarcadas nesse tipo de programa, que também permite que os diferentes colaboradores se conheçam entre si. Esse tipo de ação fortalece o senso de pertencimento dos colaboradores em relação à empresa. Bárbara relatou que, no caso da Agência Digi, o programa foi inicialmente composto por diretores de diversas áreas, o que melhorou sua comunicação e integração no dia a dia da empresa.
Tudo isso é bastante estratégico, pois, ainda como disse Bárbara, há uma transformação subsequente de como aquele colaborador enxerga a si mesmo e seu trabalho dentro da empresa. Ele passa a entender não apenas que troca suas horas de trabalho por dinheiro, mas também que participa de um contexto maior, o que lhe ajuda a perceber um sentido em suas atividades diárias. Renata também comentou como o programa de voluntariado corporativo realizado no Alfa em parceria com a Phomenta contribuiu para a melhora do clima organizacional ー “as pessoas estão mais felizes”, nas palavras dela.
O primeiro passo, segundo Renata, é escolher uma causa com a qual os colaboradores e a empresa se identifiquem, para facilitar a conexão. A partir disso, é importante envolver a liderança para mostrar ao time que seus líderes estão engajados e que a iniciativa tem importância. Envolver as lideranças também é importante para garantir que a ação não vai ser deixada de lado quando surgir um obstáculo. A Agência Digi, por exemplo, envolveu a diretoria em todas as etapas, desde a estruturação do programa até a participação dos diretores como voluntários. Assim que o projeto ganhou forma, a iniciativa foi compartilhada com o resto da equipe, como Bárbara comentou.
Outra dica interessante é alinhar os objetivos do programa com os da empresa, o que também auxilia nesse engajamento. E, para garantir que as ações sejam implementadas, é importante organizar uma equipe com rotinas e atividades definidas, que fique responsável por levar a cabo a iniciativa. A divulgação é peça-chave: é fundamental fazer com que as pessoas saibam o que vai acontecer. Ao final do programa, vale a pena compartilhar e celebrar os resultados.
É certo que não é exatamente simples mensurar os resultados de um programa de voluntariado corporativo. Regiane compartilhou que, na Johnson & Johnson, a equipe responsável busca entender profundamente onde quer chegar com os programas, pensando no contexto da organização apoiada e definindo indicadores claros de desenvolvimento para o colaborador. Há sempre o acompanhamento do voluntário, ao início e final do programa, para entender o que ele aprendeu com o processo.
De qualquer maneira, a estruturação de uma ação de voluntariado corporativo é um empreendimento importante e que vale a pena. Não é apenas como uma estratégia de responsabilidade social para a empresa, mas também promove o desenvolvimento dos colaboradores, o fortalecimento de propósito do time, a melhora do engajamento e do clima interno. Como disse a Renata, quando realizamos ações em prol do outro, quem mais se beneficia somos nós mesmos.
Por fim, terminamos o papo com gostinho de quero mais. Nas palavras de Yone Siqueira, participante do encontro, “hoje estamos vendo três níveis diferentes de maturidade de projetos de voluntariado corporativo. E os três representam um mundo maravilhoso, melhoria das relações, pertencimento, criação de lideranças e devolutiva para a sociedade. É realmente emocionante ouvir esses depoimentos e nos faz querer mudar o mundo.”
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ESG é a sigla em inglês para “Ambiental, Social e Governança''. Significa um conjunto de práticas que podem ser adotadas por empresas para que elas sejam ambientalmente sustentáveis, melhorem a relação com seus parceiros (colaboradores, clientes e comunidades) e adotem normas de compliance e boas práticas de gestão corporativa.
Feito por nós mesmos 😉