Nos dias 28 e 29 de março, ocorreu na Cidade do México o 1º Encontro da Rede Latinoamericana de Pro Bono, da qual a Phomenta faz parte desde 2016, com o objetivo de fortalecer o movimento nos países da América Central e do Sul.

O evento teve a participação de empresas, as quais buscam fazer programas Pro Bono com seus colaboradores; Organizações da Sociedade Civil, as quais possuem interesse em receber esse tipo de serviço gratuito e qualificado;  e os intermediários, como a Phomenta, que são organizações especializadas em realizar Programas Pro Bono, pois preparam tanto as empresas para “dar” o Pro Bono, quanto as Organizações Sociais para “receber” o Pro Bono.

Pro Bono é um serviço profissional prestado de forma gratuita para organizações sem fins lucrativos. Muitas vezes também é chamado de trabalho voluntário profissional, pois o voluntário – ou consultor Pro Bono – doará seu conhecimento e experiência profissional para resolver algum problema específico da ONG.

Por exemplo, é um serviço Pro Bono quando um diretor executivo faz o planejamento estratégico de uma OS, quando um programador e um analista de comunicação planejam e executam o website de uma OS, ou até mesmo quando um grupo de profissionais se reúnem para pensar em formas alternativas de captação de recursos, usando ferramentas e “mindset” corporativo.

Em primeiro lugar, a ONG é a primeira a ganhar com a ajuda de experts que além de terem um olhar de fora da organização, possuem ideias e ferramentas que utilizam no seus dia a dia que muitas vezes os profissionais da área social não têm acesso.

Com um problema bem definido e o escopo do Pro Bono bem desenhado, é possível resolver em pouco tempo o problema da Organização Social, tornando-a mais eficiente, para que ela possa ter um impacto social maior.

O colaborador, consultor Pro Bono ou voluntário profissional, também ganha muito com a experiência.

Primeiro, porque ele enxerga que suas competências e habilidades profissionais podem ser aplicadas para uma causa de impacto social.

Segundo, porque ele é preparado a aproveitar a experiência, a ter abordagem consultiva, a fazer as perguntas corretas para garantir uma entrega de qualidade, a ter foco e ser assertivo, o que o faz se desenvolver profissionalmente.

E, por último, por estar imerso na realidade de um gestor de uma ONG, ele precisa se adaptar com poucos recursos, saber trabalhar em equipe, resolver problemas a partir de uma visão macro e ter na prática mais empatia. Além de desenvolver soft skills , também há muito desenvolvimento pessoal.

E a empresa ganha com a experiência, pois ela proporcionará uma experiência única aos seus colaboradores, inovadora e com impacto social, o que os fará ter um sentimento maior de pertencimento, lealdade e orgulho por fazer parte de uma empresa que está comprometida com a responsabilidade social e uso melhor de seus talentos para o bem.

Também há relatos de empresas que aumentaram a atração e retenção de talentos por proporcionarem estes tipos de programas aos seus colaboradores.

O encontro, sediado no Centro de Inovação da 3M na Cidade do México e organizado pelo Pro Bono Venture , intermediário mexicano da rede LATAM de Pro Bono, contou com a participação de empresas como 3M, Johnson & Johnson, SAP e IBM.

Essas empresas contaram como foi a decisão de começar um programa Pro Bono corporativo, quais resultados obtidos até o momento, os principais desafios e os próximos passos.

Em todos os depoimentos dados por colaboradores que participaram dos painéis, foi unânime o sentimento de estar conectado com os valores da empresa, orgulho de pertencer à empresa, desenvolver competências, aprender a fazer perguntas assertivas e sentir que está mais preparado e mais criativo em resolver problemas.

Por outro lado, tivemos a participação das Organizações Sociais que também compartilharam suas experiências ao receberem os programas Pro Bono. E o que foi mais pautado por parte delas foi que é extremamente importante que o time da ONG saiba que eles terão também que trabalhar junto aos consultores Pro Bono.

O processo exige tempo, dedicação, organização de materiais e documentos, para que eles possam trabalhar de forma mais eficaz. Mas todo o esforço resulta em avanço na gestão, aprendizados que podem ser replicados em outras áreas e também novos embaixadores e amigos!

 A dedicação da organização que irá receber o Pro Bono também foi comentada por parte das empresas: o  êxito é ajudar quem quer ser ajudado. Não terá sucesso um projeto em que um grupo de colaboradores sem preparo caia de paraquedas em uma ONG e esta, por sua vez, também não faz sua parte.

Todo o processo, desde a escolha e o preparo da ONG, como a escolha e preparo dos colaboradores é feito pelos intermediários, como a Phomenta. É muito importante ter planejado e definido o escopo de trabalho, além da vontade e comprometimento ao participar no programa.

As empresas podem optar por diversos programas Pro Bono, desde os globais, em que grupos de até 12 colaboradores viajam para outros países para fazer Pro Bono, até programas locais de 1 dia, como maratona, em que grupos maiores de colaboradores se reúnem para resolver um problema de gestão da ONG.

Isso depende do objetivo da empresa, com quais níveis de cargo quer trabalhar, quanto tempo irá disponibilizar do colaborador, qual impacto ela espera ter.

Para cada estilo de programa e localidade há um membro intermediário da rede, especializado em desenhar o melhor programa e experiência de Pro Bono.

Apesar disso, vale ressaltar que independente do programa escolhido, há um tempo mínimo de 3 a 6 meses de preparo para estes programas, o que reforça a importância do trabalho das organizações intermediárias, pois é um processo extremamente detalhado para garantir sucesso a todos os envolvidos.

A Phomenta tem como especialidade realizar programas locais de um dia e meio de execução, como maratonas, o que chamamos de Aceleração Social Corporativa.

Este programa tem como característica trabalhar com grupos de 20 a 60 pessoas e de 4 a 10 Organizações Sociais. O programa permite que um número maior de colaboradores de diversos níveis de cargo possa experimentar o que é ser um consultor Pro Bono por um dia, e também, proporciona que mais Organizações Sociais tenham acesso a esse tipo de apoio.

Estes programas exigem um comprometimento online 1 mês antes de ambas as partes. E no dia da execução, eles aprendem ferramentas de inovação e dinâmicas para garantir a entrega dos resultados, e conhecem de perto a realidade social em que vão atuar.

Veja os vídeos dos programas que já fizemos com a Coca-Cola e Johnson & Johnson .

Também temos programas locais com grupos menores de colaboradores, para executar em quatro semanas. Como já comentado, cada programa se encaixa com os objetivos da empresa contratante.

Em ambos os programas, realizamos o diagnóstico da Certificação Social – outro serviço da Phomenta – para ter um raio-X de como a Organização está em relação à transparência e gestão, além de dar segurança sobre a identidade da Organização que a empresa irá trabalhar.

No encerramento do evento, fomos convidados a receber o 2º Encontro LATAM de Pro Bono, que será em meados de março de 2020. Como organizadores do evento no Brasil, além da Phomenta, teremos o Atados e Pyxera Global, que também são intermediários da rede.

Ficou interessado? Quer levar este programa para sua empresa? Ou você também faz esse tipo de trabalho e quer participar da rede? Mande um e-mail para izadora@phomenta.com.br e marque uma conversa sobre o assunto!

Quer saber da Rede Global de Pro Bono? Acesse sua página aqui.