Tendências para o Pro Bono – Global Pro Bono Summit 2019

Phomenta • 30 de maio de 2019

Discussões no Global Pro Bono Summit 2019 apresentaram o papel do Pro Bono como recurso que promove estratégias para empresas e impacto social relevante para as comunidades.

O impacto de práticas de responsabilidade social em ambientes corporativos foi a principal pauta da sétima edição do Global Pro Bono Summit, que aconteceu em maio na cidade de Nova York. O evento é organizado pela Global Pro Bono Network, rede internacional de entidades engajadas pela disseminação de práticas de serviços profissionais voluntários para ONGs e comunidades que enfrentam diversos desafios econômicos e sociais, e muitas vezes não contam com recursos suficientes para contratar serviços profissionais para ajudá-los.

A programação do Encontro foi construída a partir da proposta de ter, durante três dias, um espaço marcado pela troca de vivências dos três tipos de atores distintos que pertencem à Rede: Empresas, Organizações da Sociedade Civil e Agentes Intermediários, ou facilitadores.

Apesar das perspectivas distintas, no entanto, todas as experiências compartilhadas foram marcadas por uma contribuição “Ganha-Ganha” que seria proporcionada pelo Pro Bono, em que todos os envolvidos saem beneficiados pela prática.

Empresas que adotam programas de Pro Bono entre seus colaboradores apresentaram, no Encontro, o impacto causado pela prática em suas organizações. Entre os principais pontos abordados, destaca-se o papel didático do Pro Bono, que ajuda os colaboradores a assumirem um compromisso maior com a Ética, Transparência e outros valores importantes para a cultura organizacional em que estão inseridos, ao mesmo tempo em que desenvolvem diversas habilidades profissionais.

Além disso, ao trabalhar em prol por uma causa social, a empresa também garante um ambiente acolhedor para equipes diversificadas e com minorias étnicas, raciais e de gênero, conquistando a confiança de públicos cada vez mais exigentes com o compromisso das organizações com os principais desafios sociais dos nossos tempos.

As ONGs compartilharam desafios que enfrentam localmente, da captação de recursos ao estabelecimento de parcerias estratégicas para a promoção do Pro Bono em suas comunidades. E, por fim, intermediários, profissionais que atuam como uma “ponte” entre o Terceiro Setor e o mundo corporativo, apresentaram os principais aprendizados da tarefa em compreender, em diversas regiões do mundo, as demandas das ONGs e como elas podem ser atendidas pelos serviços oferecidos pelo corpo profissional das empresas.

Como uma das representantes brasileiras na Global Pro Bono Network, a Phomenta esteve presente no evento da Rede. A participação no Global Pro Bono Summit foi estratégica para a equipe, que também visitou organizações não-governamentais americanas, a fim de compreender as articulações realizadas por essas entidades e em que medida são semelhantes ao campo de atuação no Brasil.

O Pro Bono no contexto brasileiro

No Brasil, a prestação de serviços profissionais voluntários ainda é observado com dúvidas e ressalvas por muitas áreas, sendo associada, muitas vezes, a práticas realizadas na área do Direito. No entanto, com o aparecimento de novos desafios no mercado de trabalho, o Pro Bono começa, gradualmente, a ser reconhecido no país como uma ferramenta de desenvolvimento de recém-formados sem muita vivência profissional e que, ao serem contratados, possuem pouco tempo para desenvolverem habilidades importantes para o dia a dia no trabalho. Capacidades que vão muito além de conhecimentos técnicos na sua área de atuação.

Em outras palavras, o Pro Bono pode ser utilizado como um meio de retenção de talentos, consolidando o relacionamento entre corporações e seu corpo profissional.

“As empresas começam a se preocupar cada vez mais com o desenvolvimento das soft skills dos seus colaboradores. São as situações em que as habilidades técnicas dos novos profissionais já foram testadas, mas é necessário medir de que forma esses novos colaboradores desenvolvem proatividade, demonstram motivação com a cultura da empresa e inteligência emocional para lidar com os desafios interpessoais de trabalhar em equipe com seus colegas. E para isso, o Pro Bono é uma ferramenta estratégica importante para o desenvolvimento pessoal desses profissionais” , explica o Head de Aceleração da Phomenta, Rodrigo Cavalcanti.

Como a prática ainda é um recurso novo para muitas empresas, há ainda muitas dificuldades para entender como ele deve ser aplicado nos programas de Responsabilidade Social nas corporações. Ao mesmo tempo, as ONGs, uma vez que ganham a oportunidade de serem beneficiadas pelo Pro Bono, precisam encarar suas próprias dúvidas sobre quais de suas demandas devem ser escolhidas para que sejam resolvidas pelos novos parceiros. É quando entram as organizações intermediárias.

Como atuamos com Pro Bono:

A Phomenta é um exemplo de intermediária, atuando como uma facilitadora de empresas parceiras dispostas a ajudarem ONGs a impulsionarem o impacto social que promovem em suas comunidades. Entre as parcerias já realizadas, destacam-se os programas realizados com  Coca-Cola e   Johnson & Johnson.

A Phomenta também participa da Rede Latinoamericana de Pro Bono. O próximo encontro será em março de 2020, no Brasil. Contamos tudo aqui.

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